Mais poesia

Costumo orientar aos pacientes para que escrevam sobre seus sentimentos, é uma forma de expressão muito gratificante pois ajuda a pessoa a entrar em contato consigo mesma, além de deixar registrado no papel as vivências daquele momento que é único.
Alguns pacientes costumam ir além do simples registro e aventuram-se na POESIA. 
É o caso do querido Gérson Pereira, um dos nossos pacientes. Além de ter talento para pintura e artesanatos em madeira, ele vez ou outra nos apresenta alguma poesia.
Aqui vai uma:

Eu e o tempo

Dei tempo ao tempo

O tempo levou meu tempo

Meu tempo se foi

Orientado por ti

Me leva onde vais

Não vá com tempo

Que em breve vai

Fica comigo mais um tempo

Me resta um abrigo o qual te dei

Não deixa-me como o tempo

Sem piedade, dela tenho saudade

Vivo pra restaurar bem lento

O tempo que me restou.
Gérson Pereira 

Bianca Panini.

Equipe Caps fazendo música

Numa reunião de equipe eis que surgiram algumas idéias: que tal marcarmos a data da festa de confraternização de fim de ano? Que tal prestarmos uma homenagem aos pacientes, mostrar a eles que estamos aqui por eles, que são importantes para nós?
Na mesma hora eis que surge o violão nas mãos da psicóloga Flavia e assim a melodia para a poesia escrita anteriormente no grupo de mulheres. Assim que conseguimos fechar a melodia e encaixar a letra fizemos esse vídeo para não esquecermos. É claro que vamos ensaiar bastante antes de apresentar a eles.
Aí está:

Esse outro vídeo é da música que a equipe compôs, de todo coração, para homenagear os pacientes:

Bianca Panini.

Comemorações

Equipe que trabalha unida permanece unida sempre, e dessa forma pode prestar um serviço cada vez melhor aos usuários.

Um dos momentos de confraternização entre a equipe é o aniversário dos funcionários, onde todos se unem no pequeno esforço para homenagear o aniversariante e assim criar em seu coração uma grande lembrança de carinho, que jamais se apagará. Aqui dois desses momentos:

Aniversário da psicóloga Bianca (outubro 2011)

Aniversário da Áurea (Coordenadora da oficina de bonecas)-(setembro 2011)

Psicóloga Bianca Panini C. Costa
CRP 03/03473

POESIA

Todas as quintas-feiras realizamos no Caps II um grupo psicoterapêutico para mulheres, com o objetivo de complementar o tratamento medicamentoso e psicoterapia individual. No grupo trabalhamos a questão da espontaneidade, do compartilhamento, a solidariedade com a dor do outro, enfim, a cada encontro temos uma novidade para acolher os sentimentos e caminhar para o bem estar.No grupo de hoje realizamos a atividade do "Jogo do rabisco compartilhado", onde cada participante fazia um rabisco na folha e em seguida, ao comando da terapeuta, passava o desenho adiante para que a colega também rabiscasse, até que a folha desse a volta completa e retornasse para a sua origem. Ao final, cada uma tinha que relatar o que estava vendo no desenho, técnica projetiva que permite a expressão dos pensamentos e emoções.
As palavras e interpretações que foram sendo dadas, fui anotando, entre elas: "vulcão", "furação", "catástrofe", "caminho sem saída", "sol", "CAPS", "nova vida", "fundo do poço", "menina sorrindo", etc. Com essas palavras propus a construção coletiva de uma poesia, que definisse aquele momento, ao que saiu:

"No meio de tanta catástrofe, furacões
Caminhos sem saída, confusões
Barreiras negativas que não saem
Às vezes chegando ao fundo do poço.
Apesar de toda dificuldade a gente vê
A clareza do caminho infinito.
O CAPS, uma família,
Muitas flores, nova vida
Encontro com a realidade.
Como é bom ver o sol brilhando para todos
Despertando a criança sorrindo dentro de nós"

Psicóloga Bianca Panini C. Costa
CRP 03/03473